terça-feira, 16 de agosto de 2011

JUSTOS GONZALES, A ERA DAS TREVAS, (Um olhar comparativo da idade média, com a Atualidade).

Queridos amigos, irmãos e leitores, estive observando a obra citada acima, de Justos Gonzáles, e não pude deixar de notar algumas situações parecidíssimas, com a que vivenciamos nos dias de hoje. Vamos discorrer um pouco sobre o assunto.
Na idade média, entre os séculos IV a VIII D.C , os cristãos estavam passando por um período muito conturbado, ou seja, os domínios do império Romano tinham sido invadidos por povos bárbaros, que tomavam e saqueavam as cidades do império. E por conta desse episódio a igreja assume um papel muito importante na história, com os bispos da época tendo que interceder mediante a esses povos bárbaros, para que os mesmos não destruíssem as cidades ao qual, faziam o incurso. Por falta de lideres políticos e militares o bispo de Roma usando de estratégia dava aos bárbaros títulos honorários de cidadão romano, o que para os bárbaros era motivo de honra, se tornar cidadão do império.
Por volta do século VIII, um PAPA, chamado Leão III, numa jogada política unge um Rei Bárbaro Chamado Carlos Magno a imperador de Roma, sem ao menos consultar os demais bispos do Império Romano, esse mesmo Bispo Leão III ganhou muita estima da parte de Carlos Magno, que se viu e se achava naquele momento escolhido de Deus, para ser o Imperador.
Nesse Momento Carlos Magno, livra o Império Romano das mãos dos inimigos e após a morte de Leão III, Carlos Magno se vê como a pessoa mais indicada para renomear um novo Bispo ou Papa como queiram, e a partir desse momento, os Bispos escolhidos não passavam mais pela escolha do povo ou do clero da igreja, mais sim pela mão do imperador, com isso o cargo de Bispo começou a ser muito disputado, pessoas sem chamada de Deus, queriam ser Bispos não por uma questão de vocação, mas sim, por uma questão de STATUS ou Riqueza, pois ser Bispo nessa época trazia muitos benefícios.
Onde quero chegar queridos, fazendo um comparativo com nossa época, não vejo, diferença nenhuma, só mudaram os nomes do personagem pois o imperador existe em todas as denominações, aquele que manda e ponto final, e sem falar das pessoas que não tem a chamada de Deus querem ser Pastores e Lideres, por uma ostentação de ego, por STATUS ou até mesmo para serem bem sucedidos financeiramente.
O ministério de Pastor hoje em muitos casos está banalizado, pessoas roubando extorquindo e torturando o povo em nome de Deus. Como na época da idade média, isso nos mostra que ao invés de progredirmos no tempo, estamos retrocedendo. A cada dia uma nova bomba explode em nossos púlpitos, a cada dia uma nova forma de arrancar mais e mais dos fiéis rodeia nossas igrejas. Aonde vamos parar?.
Que Deus possa abrir nossos olhos e mentes, para que, possamos enxergar esses falsos profetas que roubam e matam almas em nome de Deus.

Que Jesus os Abençõe.

Robinson Ribeiro.

Bibliografia.
Gonzáles, Justos, Uma História Ilustrada do Cristianismo, A Era das Trevas, São Paulo, Ed. Vida Nova, 1993.

8 comentários:

  1. Quero parabenizá-lo por sua postura amado irmão! Pois nós estamos precisando de pessoas como você no meio do nosso período em que estamos vivendo! O povo calado e sem conhecimento foi o que os romanos sempre quiseram, pois isto lhes facilitava o reinado tirano! E hoje continua da mesma forma, com jargões do tipo: "não toqueis nos ungidos de Deus" realmente devemos respeitar os ungidos de Deus, enquanto estes continuam nos caminhos d'Aquele que os ungiu, caso contrário os profetas devem se levantar e ainda que seja diante dos reis da terra que são maiores que os pastores de hoje, lhes anunciar seus pecados!! Ir contra a tirania não é desobediência mas profético!
    Que Deus continue lhe usando para anunciar a Sião o seu Pecado!

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  2. Irmão Silvio, Que Deus nos de Coragem e força para denunciar os calhordas do evangelho. Que Deus abençõe e obrigado pela contribuição em nosso Humilde Blog.

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  3. Parabéns Robinson, gostei dessa tua linha de raciocínio, embora eu veja pouco disto que vc fez, entre pentecostais, você conseguiu colocar a história a serviço da própria história, a fim de interpretar a realidade que nos cerca, não como alguns fazem, utilizam-se da história distorce-a, com o fim de fazê-la explicar mais e mais domínio e exploração de um homem sobre o outro. Parabéns!

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  4. Também quero Parabeniza-lo Robinson!
    Lembre-se Robinson que além de você tem muito mais profetas que não se curvaram diante as pressões...
    Robinson, Deus manda dizer:
    Foi Ele quem te escolheu para falar ao seu povo;
    "Não diga; Eu sou uma mancebo, ... e tudo quanto te mandar dirás.
    Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o senhor...
    Eis que ponho as minhas palavras na tua boca"
    (jeremias cap.1 vers.7 ao 9).
    Continue nessa fé.
    fica na Paz do Senhor!

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  5. Obrigado, Pr. Alexandre por sua contribuição ao meu humilde blog, ore por nós para que Deus venha nos capacitar cada vez mais. Deus Abençõe.

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  6. Eronildo, suas palavras tanto me alegram, pois o inicio de meu ministério, alem de Deus em primeiro lugar, você foi um dos que mais me deu apoio, louvo a Deus por sua vida, e me alegro por sua coragem e Dedicação. Abraço querido Amigo.

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  7. Caro Robinson, como bem disse nosso amigo Alexander, parabéns pela reflexão.

    A história é como um teatro: nela os atores assumem papéis, ora como "dominantes", ora como "dominados". Trata-se de um enredo de lutas e libertações, pois, sugere haver sempre uma "opressão". É triste quando o lugar de onde se espera suspiros de libertação - como diria Rubem Alves - reproduza os mesmos em termos ideológicos... Os personagens, tendem a ser no palco totalmente diferente do que são nos bastidores... Tenho uma tendência à um pessimismo filosófico quanto à isso, mas gostaria de ser um otimista utópico... A utopia nos faz esperar por personagens melhores - inclusive os nossos...

    Abraço, Teles

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  8. Caro Professor Teles, fico lisongeado por seu comentário em meu humilde blog.

    Realmente concordo com tudo quanto foi dito pelo caro amigo, mas partindo de um pré-suposto de que o drama em estamos inseridos está se tornando um espetáculo cruel e suscinto de roubos e mortes. Penso o seguinte, assim como nos dramas que assistimos desde a juventude, lembro-me de que sempre a justiça era feita, atráves de algum ator que contracenava a parte do bem. E com essa esperança, creio que assim como grandes homens se levantaram para combater a corrupção, abominação e trambicagens que decorriam em volta da igreja no passado, homens como: (Lutero, Calvino, John Wesley entre outros). Acredito que em um fututo muito proximo se levantarám outros gigantes para combater as injurias que rodeiam a igreja atualmente, e marcarem seus nomes na história..

    Forte Abraço e muito obrigado por contribuir nessa discussão.

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