quarta-feira, 27 de junho de 2012

O Conhecimento do religioso e a experiência com o sagrado.

“O aspecto racional está presente no divino, mas seria errado considerar a essência do divino encerrada no racional, porque existe a experiência religiosa um espaço bastante extenso não controlável pelo racional; Trata-se do irracional”. Rudolf Otto. (pag.149).

O que notamos na citação acima, é que no “divino” no caso Deus, reside uma personalidade racional, uma via de pensamento e racionalidade que vem de seus atributos como soberano; Vemos também que não se limita somente a via da racionalidade, adiciona-se ainda a experiência ou empirismo, é justamente nessa experiência que a realidade humana se transforma, pois como analisamos nos relatos bíblicos, somente após uma experiência sobrenatural com a divindade é que o homem muda a perspectiva de sua vida e traça um novo caminho para sua existência. Foi assim no caso do chamado de Isaias (Is.6.5) e com o apóstolo Pedro (Lc. 5.8), que após vivenciarem uma experiência com o sagrado modificaram a via de mão de sua existência. Essa experiência faz com que o homem natural trilhe novos caminhos, traz um novo senso de realidade, uma nova fonte de vida que aprimora seu intelecto limitado, levando-o assim a ver a realidade humana de uma nova vertente, ou seja, vendo como criatura e não como criador e ainda se colocando como criatura, e a partir desse advento, poder relacionar-se com a divindade gozando de plena intimidade. Claro que essa intimidade, trás juntamente consigo algumas consequências, são elas: o sofrimento por dizer a verdade envolta na divindade o homem sofre represálias de seus compatriotas, ou até de terceiros, a submissão, pois a partir do momento do advento sobrenatural o homem se subordina a divindade que o denomina como servo, profeta ou homem de Deus e ainda a perda da vontade própria, sendo agora o homem um servo não prevalece mais a sua vontade, mas sim a vontade da divindade que o subordinou. A conclusão que temos é que o homem tem sim um senso religioso, ou seja, o homem em si é dependente da religião, mas só terá plena convicção disso, após uma experiência sobrenatural com o sagrado.

Bibliografia.

PENZO, Giorgio. Deus na filosofia do século XX, São Paulo: Loyola, 2002.

2 comentários:

  1. PArabéns Robinson, estou gostando da sua escrita, você tem apresentado as idéias do autor de modo objetivo, tentando provocar reflexão, contrapondo um leve distanciamento do texto..Excelente!!!Eu daria nota 10!!

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  2. Grato Alê, vc tem feito escola,kkk Obrigado pelo incentivo, pois foi olhando sua força, que alcancei coragem para entrar nessa carreira.. Obrigado meu amigo louvo a Deus por sua vida.

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